Será possível conhecer todo o mundo numa só vida?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Entrevista do Intercambista Robson Duarte!!

Robson Duarte!

"Conforme eu prometi, segue a entrevista do primeiro intercambista no blog Jornada Pela Irlanda. Mas antes quero falar um pouco sobre ele, pois quando eu estava planejando a minha viagem para Irlanda, eu orava muito e pedia a Deus que colocasse anjos e pessoas boas em meu caminho, e assim Deus tem feito na minha vida, eu conheci o Robson no meu 4º dia na Irlanda, através de uma amiga que estuda na mesma escola que ele e até então não nos separamos mais, ele tem sido um grande amigo e companheiro, me ajudou em situações aqui, que eu jamais esquecerei, por isso estou publicando este post, pq apesar de já ter agradecido diversas vezes para ele, eu quero gritar aos quatro ventos o agradecimento que tenho por tudo o que ele fez por mim, torço muito por ele aqui, vocês nem imaginam o quanto e talvez nem ele mesmo saiba disso, rsrs. Ele esteve comigo procurando o apartamento para eu morar, pesquisando a escola que eu iria estudar, me ajudando com as minhas duas malas enormes quando me mudei, mesmo uma delas estando quebrada, me consolou quando eu perdi a minha tia - no meu 5º dia de Irlanda -, fizemos sopa no Hostel para economizar uma graninha, comemos no Mc Donald's, no Supermarc's um péssimo Spaguetti, dividimos lanche no Spar, fomos em pubs e boates, vivemos a emoção de ver a neve caindo pela primeira vez e tacarmos bolinhas nos outros, fomos juntos para tirar nossos documentos aqui, banco, PPS e etc... e por coincidência ele ainda conseguiu um apartamento no mesmo prédio que eu morava em Dublin e ainda passou a ser meu vizinho e quando eu decidi passar a minha vaga no apartamento em Dublin, ele conseguiu uma pessoa da escola dele para por no meu lugar. Ele tem demonstrado muita GARRA, jamais pensou em desistir em meio as dificuldades. Tenho um imenso carinho e adimiração por ele e espero que a nossa amizade rompa as barreiras da Europa e jamais morra!!
Enfim... lá vai a entrevista:"

1-Qual o seu nome completo e idade?
R: Robson Duarte, 32 anos.

2-Onde nasceu?
R: Santos - SP.

3- Qual a sua formação?
R: Técnico em Informática. Curso superior trancado na 5ª etapa de Relações Internacionais.

4-Veio para Irlanda através de qual agência?
R: Intercambio Connexion.

5-Onde você está estudando?
R: DBL College.

6-O que está achando da escola? Indicaria esta escola para um amigo?
R: Boa estrutura física, mas uma porcaria quando se refere a prestar informação aos alunos, péssima comunicação visual também, minha professora nunca seria professora no Brasil, desequilibrada, se acha a dona da razão e já teve dificuldades em explicar matéria que meus professores no Brasil que não são nativos explicam com muita facilidade e clareza.

7-Viajou por qual companhia aérea? Gostou do atendimento?
R: Ibéria - Espanhola.

8- Há quanto tempo mora na Irlanda? Quanto tempo pretende ficar?
R: 2 meses, com objetivo de permanecer por um ano.

9-Já residiu em outro(s) país(es) antes dessa experiencia?
R: Nova Zelândia, por apenas 30 dias.

10-O que motivou sua ida para a Irlanda?
R: O fato de estar na Europa e poder durante o período de curso, viajar para outros países do continente.

11-A estadia é definitiva ou outro país está nos seus planos futuros para a carreira?
R: Tenho vontade de viajar para outro país sim e ficar mais 1 ano. Eu gostaria de voltar com mais um idioma na bagagem, porém a saudade da família e do meu país esta falando mais alto.

12-Quais eram suas expectativas profissionais antes de ir para Irlanda? Isso já estava planejado?
R: Não tinha expectativas profissionais, pois estava engessado em uma empresa que não deixava eu crescer profissionalmente, cheguei ao cargo de Supervisão e me congelaram lá por 5 anos, então já que eles não me davam desafios vim para a Irlanda, e como estou enfrentando desafios aqui. “APESAR DOS PESARES ESTOU MUITO FELIZ”. Meu sonho sempre foi de ficar por um período mínimo de 6 meses e máximo de 1 ano em um país de língua inglesa para eu ganhar fluência. Não estava planejado, era um sonho que hoje está se concretizando. OBRIGADO MEU DEUS!!

13-Que tipo de preparação foi realizada antes da partida para Irlanda?
R: Meu último emprego no Brasil se encarregou de me dar essa preparação, tive muitos problemas e soluções, alegrias e tristezas. Trabalhei com todos os tipos de pessoas, às vezes ainda fico triste com as atitudes, a falta de companheirismo e a falta de compaixão do ser humano “ENFIM... TENHO SENTIMENTOS”, mas como eu já disse, sofri como ser humano no Brasil, hoje apenas lamento que algumas pessoas sejam tão pessoas, apenas pessoas.

14-Foi difícil entrar no país? Relate como foi recebido pela imigração Irlandesa.
R: Não vou dizer que tive dificuldade, mas a agente de imigração que me atendeu não foi muito simpática e como o sotaque irlandês é um pouco complicado de entender, então tratei de dar logo a carta da escola e a carta de acomodação para ela se acalmar, porém uma frase que a entendi dizer foi: “I don’t know why these fucker students come to Ireland.” Agora fica para quem quiser traduzir. HAHAHA

15-Você tem seguro saúde?
R: Sim e paguei carooooo.

16-Você possui conhecimentos suficientes da língua inglesa?
R: Olha achei que eu soubesse mais, porém a realidade aqui é outra, acredito que no início é hard em qualquer país, porem aqui é pior porque o sotaque é muito diferente do que aprendemos no Brasil, mas o que eu estudei me salvou e está me salvando sim, vir sem nada deve ser muito difícil.

17-Houve problemas na adaptação ao clima?
R: Olha com o clima por mais incrível que pareça eu que sempre me considerei uma pessoa que sente muito frio estou me superando, pois até o momento estou me dando muito bem com o frio irlandês. Graças a Deus. Porém acredito que para quem vem do Brasil no verão e pegou o inverno deve ser muito ruim a adaptação, porém não impossível. WHERE THERE IS A WILL THERE IS A WAY.

18-Quais as principais diferenças culturais entre Brasil e Irlanda na sua opnião?
R: Olha são muitas, eu passaria o dia aqui respondendo a essa questão, somos melhores em muitas coisas também, acredito que em mais do que em menos coisas, porém vou dizer uma apenas: A NOSSA COMIDA É UM MILHÃO DE VEZES MELHOR, eles dizem que não mas...

19-Quais foram as maiores dificuldades profissionais e de adaptação a empresa na Irlanda?
R:Dificuldades profissionais não são surpresas para mim, pois sai do Brasil sabendo que dificilmente conseguiria uma posição igual ou parecida aqui na Irlanda, no entanto pensei que para quem estudou 3 anos em um curso técnico de informática, cursando a 5ª etapa em Relações Internacionais, poderia conseguir um simples trabalho de catador de copos em um PUB, mas não está sendo fácil, porém trabalho tem.

20-O profissional brasileiro está preparado para trabalhar no exterior?
R: Depende! Muitos Brasileiros sim, até mais que os nativos, outros não, porém estamos na terra deles e quem dita às regras aqui são eles.

21-Como você vê o mercado de trabalho na Irlanda para os brasileiros? Cite em relação a sua área também.
R: Vejo que muitos Brasileiros aqui sabem utilizar e muito bem um computador e o pacote Microsoft Office, tem experiência em grandes empresas no Brasil, porém o inglês ainda precisa dar uma melhorada, é esse o motivo de estarmos aqui: Penso eu. A Europa, principalmente a Irlanda não andam bem das pernas.
Em relação a minha área de atuação com certeza o Brasil é superior a Irlanda, a área portuária que é onde eu tenho experiência, empresas do mundo todo nesse seguimento, ou já estão no Brasil ou estão chegando, pois o Brasil é o país do futuro.

22-Como a crise financeira mundial afetou a Irlanda?
NÃO HOUVE RESPOSTA

23-O que muda no profissional brasileiro que trabalha um tempo no exterior?
R: Mais uma resposta que começo com: Depende, depende da pessoa existem pessoas que são imutáveis, então voltam para o Brasil da mesma forma em que chegou, apenas falando inglês ou talvez até não, depende! Aqui existe a possibilidade de mudar em todos os sentidos, e mudar como pessoa é o maior desafio, mais do que simplesmente falar inglês. Se a pessoa conseguir mudar como pessoa, sabendo diferenciar o que é importante e o que é desnecessário, com certeza essa pessoa vai voltar para o Brasil um ótimo profissional, mais compreensível, mais humano e com grandes chances de ser bem sucedido no que se propor a fazer no futuro.

24-O que costuma fazer nas horas vagas, finais de semana e feriados? Quais as atividades recreacionais existentes?
R: Nas horas vagas saio da rotina tradicional dos ensinos de sala de aula, estudo inglês com músicas e filmes. Nos finais de semana saio com amigos para os PUB’s ou baladinhas, mas claro que as gratuitas (os), pois ainda não estou trabalhando e preciso economizar os euros que tenho.

25-Qual o custo de vida?
R: O meu custo de vida está em torno de 350,00 euros mês ou menos, não é que sou mão de vaca, mas a necessidade está me fazendo mudar e entender o que é importante e o que é desnecessário.

26-Qual a curiosidade que mais te chama a atenção nesse país?
Porque eles são considerados primeiro mundo? Será que é pelo fato do país ter baixo índice de violência? Porque de resto... BRASIL TU É FODA.

27-Que dicas você daria a quem pretende seguir carreira no exterior e, em especial, na Irlanda?
R: Venha com um curso de marceneiro, mecânico, pedreiro, refrigeração ou garçom. No caso de garçom venha com experiência, não apenas com o curso, um nível de inglês mais ou menos também é bem vindo. Porém se não tem nada disso e pretende vir mesmo assim, por que falar inglês para você é um sonho, assim como é para mim.
Então venha, por que não tenho experiência em nada que eu citei, apenas hoje consigo ver que essas funções são muito importantes para eles e se eu soubesse as coisas estariam mais fáceis para mim.

28-Se pudesse descrever em uma palavra a experiência que está vivendo nesse país, qual seria?
R: Pessoas

29-Você gostaria de recomendar algum web site ou blog relacionado à esse país?
R: www.jornadapelairlanda.blogspot.com

Robson, obrigada pela entrevista!!"


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